O título é muito atraente, fácil de se escrever, de ser pronunciado, mas difícil de ser colocado em prática. Algumas organizações ignoram este tipo de gestão, onde os profissionais defendem um sistema mais rígido para gerir seus negócios. Outras tentam colocá-lo em prática, rapidamente, desejosas em obter resultados imediatos, tropeçam no meio do caminho trazendo sérios problemas da ordem econômico, social, política e até mesmo cultural.

Tem empresa que divulga ter um sistema de gestão participativo, um sistema de gestão por excelência, mas quando surgem os imprevistos, principalmente decorrentes de abalos na conjuntura econômica, a medida a ser tomada é o corte de pessoas, e as unidades administrativas são normalmente, as primeiras a sofrerem as conseqüências. Ai fica a pergunta, esta é uma organização que tem uma gestão por excelência? Não importa o quanto o profissional dedicou da sua vida ao seu trabalho no dia-a-dia, a organização viu a necessidade de corte, vamos cortar.

Esta organização não foi preparada adequadamente para ter uma gestão por excelência, devido conseqüentemente a falhas quando das observações e analises dos fatores abaixo:

  • Fator Cultural – “Pessoas”. Retrata quais os costumes dos profissionais para com a organização. Qual é a relação existente entre empreendedores x colaboradores. Qual é o grau médio de formação escolar dos profissionais que compõe o quadro funcional da organização;
  • Fator Político – ou seja, qual a constituição social da organização. É uma organização familiar? Estatal? Uma ONG?  . Quais são os regulamentos existentes para a gestão dos negócios;
  • Fator Econômico/Financeiro – quais os recursos financeiros que a organização possui para gestão de seu negócio, e como estão sendo utilizados;
  • Fator Social – quais as classes sociais existentes dentro da organização e os critérios estabelecidos para a formação/preservação dessas classes;

Com base na análise detalhada desses fatores, que dependendo do porte da organização, em termos de número de pessoas, é possível precisar o tempo adequado para a implantação de um bom sistema de gestão.

Na gestão por excelência, as organizações reconhecem as pessoas como fonte de sua sobrevivência e permanência no mercado. Por quê? Por que sabem, que são elas que fazem as coisas acontecerem. São elas que fazem a diferença. Logo quanto maior o investimento no bem estar dos profissionais, maior será o retorno para a organização.

Ver as pessoas com dignidade e respeito, como gente que tem suas necessidades, que gostam e precisam ser reconhecidas e não como simples recursos humanos; faz parte da filosofia da gestão por excelência.

Transparência nas ações, liderança por excelência, decisões compartilhadas, trabalho em equipe e comprometimento, são conceitos relevantes nas organizações que adotam a gestão por excelência.

  • Transparência nas ações – Tudo que acontece na organização, parte do principio que é do interesse de todos e todos devem ficar sabendo. A comunicação funciona em todos os sentidos, todos os fatos e dados são comunicados. Os procedimentos que regulamentam os padrões normativos da organização são claros e transparentes, não há exceções, quando não atendem, são imediatamente substituídos.
  • Liderança por excelência – Os profissionais de comando, são verdadeiros lideres, não mandam em ninguém, solicitam favores, dão bons exemplos aos profissionais que compõe suas equipes. Cada um sabe o momento certo de reconhecer as competências de seus profissionais e faz questão de fazer as homenagens de preferência em público. Quando é para chamar atenção, atua discretamente, conversa em particular com o profissional. É um amigo, um bom ouvinte, dá bons conselhos e oportunidades neste momento.
  • Decisões compartilhadas – A delegação de poderes e autoridade é pratica da gestão por excelência, não existe centralização de poderes e autoridades. É dado o poder e a autoridade de decisão para a solução das situações. A responsabilidade atrelada à conduta, fica por conta do profissional que irá cumprir a missão. Normalmente dessas decisões compartilhadas surgem as metas.
  • Trabalho em Equipe – É muito difícil uma organização, nos dias de hoje, querer eliminar o trabalho em equipe. Com o avanço tecnológico a existência das equipes passou a ser uma necessidade para as organizações, não se trata mais da questão do querer. Os processos tornaram-se tão complexos, que criaram uma dependência grande entre as pessoas, onde precisa da soma de esforços para a obtenção de melhores resultados. Não existe mais o trabalho isolado (outrora – revolução industrial).
  • Comprometimento – Os profissionais de uma organização que adotam a gestão por excelência VESTEM MESMO A SUA CAMISA, por serem tratados como gente, terem liberdade de expressão, serem reconhecidos pelas suas competências, pelo compartilhamento de responsabilidades, principalmente nos momentos das crises decorrentes de fatores econômicos/financeiros, onde as decisões são também compartilhadas com os mesmos. Mesmo sendo demitidos, guardarão e falarão o nome da empresa com orgulho e com boas lembranças das pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer, pelo que puderam colaborar e pelo aprendizado que adquiriram.

Por:

Leandro Queiroga.

CO e DC da Towerc