O Dr. Tad James, é o criador da técnica da Terapia da Linha do Tempo, e um ávido pesquisador do campo da hipnose e do mesmerismo. Também bem conhecido como um extraordinário terapeuta e trainer, e como especialista em cura com a antiga arte das Runas. James possui Ph.D. em Hipnose Ericksoniana e é Presidente do Instituto Americano de Hipnoterapia em Irvine, Califórnia, um dos maiores mantenedores de educação e treinamento em hipnose e hipnoterapia. Em um de seus livros titulado The Secret of Creatingyour Future, traduzido para o português como Criando seu Futuro com Sucesso (1990), criou e oficializou um dos melhores métodos para a definição de metas denominado de “Metas S.M.A.R.T.” no qual a cada uma das letras da palavra “smart” (inteligente, em inglês,) corresponde um componente importante do ato de definir metas. Com esse importante método, verificou-se que é simples e fácil escolher a maneira mais correta de expressar suas metas, que se tornarão autossugestões hipnóticas e serão recebidas por sua mente subconsciente exatamente da maneira que você pretende.
Para a definição de objetivos, o acrônimo S.M.A.R.T já é conhecido por muitos, onde além de conhecerem de maneira categórica a tradução de cada letra, são sensibilizados e conscientes da sua correta aplicação para a geração dos resultados esperados. Outros conhecem a tradução de cada letra, mas não desenvolve um raciocínio mais amplo do que realmente significa o conceito. E por fim tem os que nunca ouviram falar no conceito, mas o coloca em prática inconscientemente.
ESPECÍFICA
A meta precisa ser colocada de maneira clara e precisa. Não dando margem a dupla interpretação. Deve permitir visualizar o que desejamos atingir. Por exemplo, fluência em um determinado idioma proporciona várias interpretações. Mas se usarmos como referência “atingir x pontos num exame de proficiência”, todas as dúvidas desaparecerão. Possibilitarão que saibamos exatamente o que desejamos. Outro exemplo pode ser a compra de um veículo. Devemos usar como referência a especificação da marca, do tipo do veículo, da cor, do ano e demais variáveis que podemos visualizar para realizarmos a aquisição.
MENSURÁVEL
“Você não pode gerenciar o que não pode medir”. Qualquer objetivo que não possa ser transformado claramente em um número permite a manipulação e interpretação para que os interessados o considerem atingido ou não. Talvez sua organização não tenha as ferramentas necessárias para medir um objetivo, e neste caso elas devem ser desenvolvidas antes da definição do objetivo.
A meta também deverá conter um conjunto de fatores colocados numericamente, que permitam a avaliação futura dos resultados. É qualquer conjunto de valores onde você possa monitorar seus avanços, que indique claramente o que você deseja atingir. Tem que ser visível e mensurável. Se não forem claros você nunca saberá se os atingiu. E com um agravante, você perde o controle sobre os resultados podendo ainda ser uma fonte de angústia.
ALCANÇÁVEL
É verdade que os objetivos sempre devem ser agressivos, mas nunca impossíveis de atingir. É importante lançar um desafio para que a equipe se supere e lute por algo que pareça ser difícil, mas possível de ser obtido. Todo objetivo deve ser analisado à procura de prováveis problemas. Quando transformamos um desejo ou um sonho em um objetivo, devemos analisar se ele é executável. Muitas vezes, a única coisa que impossibilita sua execução é o prazo. Algo inalcançável se transforma em fonte de desânimo e frustrações. Para nos mantermos dentro de uma realidade, é fundamental que as metas e os objetivos possam ser manejáveis. Que tenham possibilidade de serem mudados quando as circunstâncias se alteram. Ao considerar um objetivo como “atingível”, não se deve pensar somente em “possível” ou “impossível”, e sim nos diversos aspectos que o afetam. Por exemplo:
– A equipe envolvida e o gestor têm as habilidades necessárias para atingir esta meta? Se não, há um programa de treinamento e desenvolvimento para deixá-los preparados?
– Nossos produtos ou serviços possuem a qualidade necessária para tornar a meta realidade?
– Existe um potencial real no mercado que permita a definição deste objetivo?
Na prática, as perguntas para cada objetivo serão diferentes, mas o importante aqui é entender que a meta deve considerar os diversos aspectos do negócio, e não seguir somente o ideal de um gestor que não está observando a realidade.
REALISTA
Muitas vezes o objetivo é possível, mas não é realista. Ao considerar o realismo, você deve pensar em fatores como:
- A equipe aceitará perseguir o objetivo?
- Este objetivo está alinhado com a missão e visão da empresa?
- Algum princípio ético é ferido com este objetivo?
Por exemplo, seja o objetivo da sua empresa “Reduzir em 30% o gasto com planos de saúde” pode ser atingido simplesmente mudando a categoria dos planos dos profissionais para um nível inferior. No entanto, este não seria um objetivo realista em uma organização que historicamente sempre se preocupou com o bem-estar dos profissionais e não passa por nenhuma dificuldade financeira que justifique estes cortes.
Outro exemplo que podemos analisar “Aumentar a produtividade em 20%” pode ser concretizada colocando os profissionais para trabalhar efetuando horas extras e reduzindo os intervalos para os devidos descansos, no entanto, também este não seria um objetivo realista para uma organização que presa pela a saúde física e mental dos profissionais e pelo seu bem estar, que pode contratar mais profissionais para atender suas demandas.
Um gestor que estabelece um objetivo pouco realista esta fora de sincronia com a empresa e com a própria equipe.
TEMPORAL
Trata-se do prazo que deve ser estabelecido para toda meta, ou seja, toda meta deve ter claramente a data de início e a data de conclusão. Este é um dos itens mais simples e complexos para analisar. Temos uma tendência a protelar a colocação de uma data para que as coisas se realizem. É óbvio. A data indica se alcançamos ou não o que estamos almejando. Com um tempo final, você pode eliminar distrações, fixar-se no essencial, pensar com mais clareza e ser criativo. Data significa dia, mês e ano. Não use tempos vagos. É uma maneira de enganar-se com o prazo. Se usar prazo em anos, não se esqueça de colocar a data de início.
Por:
Leandro Queiroga
CO e DC da Towerc.